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ARTHUR GHUMA

 

DESSES QUE SE ENCONTRA POR AÍ

 

SOU!
Desses que se encontra por aí.
NÂO SOU UM HOMEM COMUM.
SOU UM HOMEM!
COMUM.! Desses que se encontra por aí
Um objeto não-identificado,
Para tu, sou o OUTRO
Difícil de ser encontrado,
Desses que se encontra por aí...
SOU UM HOMEM COMUM.
NÃO MEDIANO.
COMUM.
Simples  como uma pomba,
Esperto como uma serpente,
MOVIMENTO e REPOUSO
AO MESMO TEMPO.
SOU UM HOMEM COMUM.
Desses que se encontra por aí.

SR. ZERO

 

“Sou o Senhor ZERO
 

Apesar de não ser constante, faço  eterno cada instante.”
Não, não sou poeta. Sou um celebrante.
Como um dançarino, e a dança está onde eu estou.
Como um escultor desbastando as minhas sobras.
Ou como um filme pintado na ponta do DNA...

Deste desenho, sou projeto, ainda efêmero de ser.
De um lado, a história da minha trajetória no tempo.
Do outro os rastros combinados do sangue das famílias.
O Fundamento é o desenho do que sou no mundo.

O que sou no mundo? Muitos mundos eu sou, só no mundo.
Vivendo a experiência de ser no mundo, um humano ser.
Somando novos dados ao desenho do projeto em processo.

O projeto é o dançarino celebrante que dança a sua história
Cada pedacinho de caminho percorrido redesenha-se nele.
O faz capaz, quase total, de alterar a  si mesmo no mundo.

EU CORIFEU

 

Luzes! Versos incandescidos coriscam de um lado a outro
Lazeres afinados rasgando as almas embevecidas de luar·

Projétil mortais, perfurantes palavras, lavras borbulhantes
A poesia a devassar o proscênio exibindo a sua luxúria.

Mas, qual drama trágico onde a dor vigora triunfante e dura
Eu Corifeu, peito rasgado, voz embargada confronto o coro
Ecoou  o verso na arena atravessando os portais da história
Empunhando a adaga silente, rasgo o véu, e a cortina cai.

Desperto numa estrada longa e empoeirada, bifurcada.
Os latidos do cachorro longe, talvez na curva do riacho
Percebo o calor do sol na pele e acorda meus sentidos

Recolho do chão os meus papéis soltos que o vento levanta
Os versos apenas os meus, levados embaixo dos braços
E deixo os de encantamento que ficaram na quarta

parede.                                                                                                  

 

 

 


 

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